Você já deve ter ouvido falar de algum fato muito surpreendente que desafia o senso comum. Vou relatar uma história que foi observada por cinco pessoas, e que sempre desperta a curiosidade de todos. Essa história é recente, e não estamos autorizados a divulgar a identidade de qualquer um dos envolvidos, portanto os nomes citados são apenas ilustrativos.
" Muito triste ver uma criança chorar dia e noite sem parar, por desespero e muita saudade. A Fátima tinha sete anos quando o seu cachorro Paçoca sumiu. Os dois cresceram juntos, pois o Paçoca chegou, com dois meses de vida, na família da Fátima quando ela tinha seis meses de nascida. A Fátima era filha única, e talvez isso fez com que sua paixão e amor pelo Paçoca fossem ainda maiores.
Os familiares da Fátima, nas celebrações de aniversários e em outras datas como o Natal, se divertiam muito em ver um pequeno show em que o Paçoca era o protagonista. A Fátima ensinava diversos truques ao esperto e bonito vira-lata, que sentava, deitava, rolava no chão, buscava objetos e saltava, aos comandos da Fátima. O cachorro adorava obedecer sua dona, sempre balançando o rabo e com uma expressão de alegria. A Fátima o acarinhava e abraçava com uma ternura indescritível.
Certa vez a Fátima voltou da escola e o Paçoca não foi recebê-la com suas festinhas e lambidas. Ela chamou por ele, foi ao quintal, procurou em cada cômodo da casa e nada. Paçoca havia sumido! Faziam três dias que a família da Fátima falava com os amigos, distribuía cartaz com foto do Paçoca, divulgava pedidos de busca na internet, e nada acontecia. Fátima, deixou de comer e só fazia chorar.
_ Eu quero o Paçoca mamãe, será que ele está bem? Será que alguém está maltratando meu Paçoca, por favor papai, por favor mamãe, temos que encontrá-lo rápido!
Para o pai e a mãe da Fátima isso era de uma tristeza ímpar. Verem sua filha sem o inseparável Paçoca... era muito triste. Já estavam sem esperanças, até que no quarto dia.
_ Mamãe eu sonhei com o Paçoca! Eu sei onde ele está! Eu sei papai, eu vi no meu sonho! "
Fátima havia levantado da cama bem mais cedo naquele dia, e prontamente os pais da menina foram correndo e com muita atenção ouviam o que ela dizia. Estavam presentes outras duas pessoas da família.
Fátima detalhou uma rua, do centro da cidade, detalhou fachadas de lojas, e disse que o Paçoca estava recebendo comida de um homem chamado João que trabalhava no restaurante Bom Sabor e deu detalhes de onde ficaria aquele restaurante, mas sem saber o nome da rua.
Os pais da Fátima achavam que se tratava de um simples sonho, forjado na imaginação da menina, diante do desespero que sentia. Mas, a Fátima insistiu e eles foram de carro, com a Fátima, no centro da cidade. A distância da casa deles para o centro era de uns 20 quilômetros, e não tinham esperança em encontrar o Paçoca tão longe, mas a Fátima continuava com um ar de esperança e ia falando alto e muito apressada dentro carro, relatando o sonho que tivera. Até que eles avistaram o restaurante Bom Sabor, e a Fátima confirmou é lá, é lá!
Estacionaram e a Fátima ia assoviando e gritando e chamando o Paçoca, mas não o viram. O restaurante estava com a porta fechada e eles bateram até que veio alguém abrir. Para surpresa de todos havia um funcionário com nome de João, que veio conversar com eles. O João confirmou que colocava comida, à noite para um cachorro idêntico à descrição do Paçoca! Era verdade! O sonho da Fátima tinha coincidências com fatos!
Fátima ficou ainda mais aflita imaginando que o Paçoca estava sozinho perambulando pelas ruas do centro da cidade exposto a todo o tipo de perigo, e gritava o nome dele a todo momento. Os pais da Fátima, seus dois parentes, e a menina passaram o dia inteiro pelas ruas do centro da cidade, deixando seus afazeres e na esperança de encontrarem o Paçoca.
No início da noite foi que aconteceu: Fátima correu para uma rua ao lado do restaurante, como que em um impulso insano e os pais correram atrás dela e viram a cena tão bonita e comovente: Fátima abraçada com o Paçoca!
Os pais e parentes foram até os dois e os abraçaram e todos choravam de alegria e emoção! "
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